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O Azeite que você compra pode ser falsificado! Cuidado

A operação criada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já apreendeu milhares de garrafas de azeites falsos nas últimas semanas. De acordo com uma análise sensorial do MAPA, aproximadamente 84% dos azeites comercializados como extravirgem no Brasil são fraudados.

Além de prejudicarem os consumidores financeiramente, uma vez que o produto vendido não é o que alega ser, os azeites falsificados podem causar danos à saúde. O item está no pódio dos alimentos mais fraudados no Brasil e no mundo, especialmente após a alta considerável do preço do azeite nos supermercados de todo o planeta.

A principal adulteração é a mistura do óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. O segundo lugar das fraudes fica com as irregularidades de classificação, em que o produto é apresentado como extravirgem, quando, na realidade, é apenas virgem.

Como saber se o azeite é falso?

Além da questão financeira, o maior problema para o consumidor com os azeites adulterados são os problemas ligados à saúde. Muitos consumidores adquirem o produto desejando os benefícios do azeite extravirgem. Entretanto, ao compararem o produto adulterado, acabam consumindo um óleo de baixíssima qualidade, com gorduras e outros ingredientes prejudiciais ao organismo.

Diante deste cenário alarmante, é de suma importância ficar atento na hora de comprar o azeite para evitar adquirir um produto adulterado. Em outras palavras, desconfie de preços abaixo da média, tendo em mente que quase 100% dos azeites comercializados em terras brasileiras são importados.

Na hora da escolha, opte por produtos que foram fabricados há menos de seis meses, conferindo pela data de fabricação. Além disso, a orientação é priorizar marcas em que a extração e o envase do azeite ocorreram no mesmo local. Outra forma é conferir a lista de azeites irregulares já apreendidos pela MAPA.

Por fim, mas não menos importante, caso você já tenha comprado o azeite e queira saber se ele é falsificado, coloque uma pequena quantidade do produto em um copo transparente na geladeira e deixe-o por lá de um dia para o outro. Caso tenha óleo na mistura do azeite, ele não irá se solidificar e permanecerá líquido. Se o produto for apenas azeite, ele se solidificará parcialmente.

Por que há tanta falsificação de azeite?

Segundo Alexander Mack, chef da A.M. Culinária Diversificada, a proliferação de azeites falsos é impulsionada pelo desejo de lucro. Inúmeras companhias buscam produzir em massa de preços mais baixos para maximizar os ganhos.

Vale mencionar que a produção genuína de azeite é mais cara, exigindo tempo e atenção aos detalhes. O método de prensagem a frio de azeitonas, essencial para obter o azeite real, consome mais azeitonas e produz menos óleo.

O controle exercido pela máfia italiana na produção de azeite é outro fator significativo, tendo em mente que as quadrilhas são detentoras de um terço dos campos de oliveiras na Itália. Para se ter uma ideia, em 2016, as autoridades italianas confiscaram 2.000 toneladas de azeite falsificado.

Bruno Gama

Jornalista do Vagas Abertas.

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