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Meta, Facebook e WhatsApp: por que ninguém quer trabalhar nessas gigantes da tecnologia?

Ser funcionário de uma gigante da tecnologia, como Meta, Amazon ou Alphabet, já não está no topo da lista para vários profissionais. Segundo relatos de ex-funcionários, as condições de trabalho têm sofrido constantes alterações, incluindo cortes de benefícios e demissões em massa.

Michael, que prefere não revelar o sobrenome, deixou uma dessas gigantes em novembro de 2023 e descreve a evolução desse cenário. “Era uma big tech típica, que oferecia enormes benefícios, com um ótimo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, relata. No entanto, o profissional sentiu na pele a transformação do ambiente de trabalho. “Depois de sair muito forte em 2021, as empresas de tecnologia tiveram que recuar no recrutamento”, aponta Scott Dobroski, especialista em tendências de carreira do Indeed. 

Somente em janeiro deste ano, 23.670 funcionários foram demitidos apenas em empresas de tecnologia, e o setor de TI perdeu a posição de maiores empregadores no panorama norte-americano. Isso levou muitos profissionais, que antes visavam uma carreira em empresas do setor, a repensar seus objetivos. 

Panorama para Big Techs e Empregados

Apesar das mudanças recentes, acredita-se que a situação deva se normalizar em um futuro próximo. Segundo Dobroski, a desaceleração econômica e a crise do setor são temporárias. “Há áreas dentro da indústria que ainda são muito atraentes para os talentos de tecnologia, como equipes de IA entre big tech e startups”.

A própria Alessandra, que trabalha para uma empresa de blockchain em Londres, destaca que ainda há setores que se destacam. No entanto, está cada vez mais claro que, para muitos profissionais, o setor de tecnologia já não é o objetivo final. “Comparado com o que já foi, já não me sinto mais inspirada ou com aquela empolgação de quando entrei no escritório pela primeira vez”, admite a profissional.

Dobroski aposta que os dias de glória retornarão e os talentos na tecnologia sempre serão escassos. Entretanto, é fato que os trabalhadores de tecnologia estão buscando oportunidades em outros setores. E a tendência, segundo Alessandra, é que esse movimento ganhe ainda mais força. “A maioria de nós está planejando a estratégia de saída da empresa – e alguns até mesmo da indústria”.

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