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Carnaval ‘salgado’: cesta básica registra aumento em 16 capitais

Após um período de declínio, o custo da cesta básica no Brasil voltou a subir em janeiro de 2024. O aumento afetou 16 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília foram as mais atingidas pelo aumento, enquanto a única capital a registrar queda foi Fortaleza.

Denotando as discrepâncias regionais, a cidade sulista de Florianópolis lidera com a cesta básica mais cara, com um custo médio de R$ 800,31, seguida por São Paulo (R$ 793,39), Rio de Janeiro (R$ 791,77) e Porto Alegre (R$ 791,16). Em contrapartida, as cidades do Nordeste, como João Pessoa (R$ 559,77), Recife (R$ 550,51) e Aracaju (R$ 528,48), mantêm os custos mais baixos.

Não se pode esquecer que as variações nos preços não refletem apenas as disparidades regionais e econômicas. Elas também são impactadas por questões como oferta e demanda, condições climáticas e custos de produção dos alimentos que compõem a cesta básica.

A desproporção entre a cesta básica e o salário mínimo

O Dieese aponta preocupação com a desproporção entre o custo da cesta básica e o valor do salário mínimo, especialmente em cidades como Florianópolis. A determinação constitucional estabelece que o salário mínimo deveria cobrir as despesas básicas de um trabalhador e de sua família. No entanto, os estudos sugerem que o salário mínimo, atualmente em R$ 1.412, deveria ser quase cinco vezes maior para suprir as necessidades básicas.

O impacto do vale-alimentação e do vale-refeição

Destaca-se, ainda, o importante papel do vale-alimentação e do vale-refeição. Segundo uma pesquisa da Alelo e Fipe, o vale-alimentação cobriu cerca de 52,7% dos gastos dos brasileiros com a cesta básica. Já o Vale-Refeição forneceu uma média de 10 refeições por mês, mesmo que tivesse uma validade de apenas 22 dias corridos. Mesmo assim, o uso combinado desses benefícios representou um acréscimo de 30,3% na renda média dos trabalhadores.

Segundo dados divulgados pela Nova Caged, em 2023, o Brasil registrou um total de 1.483.598 empregos com carteira assinada, uma queda de 26,3% em relação ao ano anterior, 2022. Os setores de construção, serviços, comércio, agropecuária e indústria foram os que mais abriram vagas. Quanto ao salário médio dos admitidos, a média ficou em R$ 2.026 em dezembro de 2023.

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